Em 1914 estabeleceu-se a circulação regular de comboios na linha do Vouga, entre Aveiro e Viseu.
Via estreita a estriar-se com as grandiosas máquinas a vapor, que se afirmaram até 1970, substituidas então por automotoras a diesel.
Em 1990 foi encerrado o trajecto mais frondoso da linha:o troço de Sernada do Vouga a Viseu.
A contígua linha do Dão com a rota entre Santa Comba Dão e Viseu, também encerrou. Assim, Viseu perdeu o considerável valor ferroviário com saber e experiência de 80 anos.
Foi injusto para a cidade perder estas duas linhas férreas com a enorme memória ferroviária, valores indiscutíveis ao desenvolvimento da região no século XX.
Nem sequer houve a merecida sensibilidade à criação dum núcleo museológico ferroviário representativo da memória do comboio em Viseu, por respeito a este valor histórico do progresso. Núcleo de preservação da memória do comboio e dos ferroviários, esta, profissão única da cidade criada com a implementação da linha férrea. Uma obrigação da representatividade da comunidade a dotar o merecido espaço com espólios achados das antigas locomotivas, as diversas e variadas peças, a herança férrea, de inquestionável interesse histórico e arqueológico... o legado do comboio em Viseu.
Ignoradas as vidas e história criadas por homens e mulheres que trabalharam nesta linha do comboio, descurada a importância económica que tiveram as várias profissões exercidas ao caminho de ferro, como os fogareiros, os maquinistas, os revisores, guarda fios, serralheiros, electricistas, mecânicos, chefes de estação... que ao longo das estações até Viseu contribuiram para a construção da memória colectiva do Visiense. Homens de saber e experiência com um legado de brilhantes histórias e aventuras, a enriquecer o património intelectual, experiência da pesada labuta e trabalho, das alegrias e pesadelos.
A linha do Vouga de Aveiro a Viseu foi importante motor de desenvolvimento duma região multifacetada em termos culturais, industriais, agrícolas e paisagístico, trouxe o progresso a estas gentes, contribuindo para a prosperidade da região. Porém não companhou o impulso tecnológico que surgiu nas últimas década do século XX, consequência de más políticas de desenvolvimento a beneficiar o litoral, prejudicando o interior do País.
É de lamentar, um caminho de ferro que poderia ser rentável, com gestão equilibrada indo de encontro às necessidades das populações locais, com a vertente turística associada.
É pena, falhou a visão do futuro, os estudos no terreno, e o enquadramento do transporte num sistema vantajoso para a companhia e população. Em vez do investimento optou-se pelo abandono e encerramento.
Linha do Vouga, património edificado no início do século XX desmoronada pela insuperável rigidez do progresso, a desrespeitar o simbolismo heroico do passado recente e o interesse social e turístico que a linha representa.
O ser humano na verdade, ganhou riqueza e velocidade, mas... a sua estrutura física e mental não possui capacidade para acompanhar o desenfreado progresso, e assim o homem de hoje, dominado por este "TGV" descompensa e torna-se refém do novo mundo, com doenças psicossomáticas a interferirem com a sua qualidade de vida.
Após o encerramento em 1989 do troço entre Sernada do Vouga e Viseu, a Linha do Vouga conta actualmente com dois itinerários: o itinerário entre Espinho e Sernada do Vouga e o itinerário ente Sernada do Vouga e Aveiro com 37,7 kms, que apresento no filme deste post.
"grupo de cantares de s. miguel"
1985 - comunhão em vila da ponte
a estação de caminhos de ferro do vesúvi
aguiar da beira desfile etnográfico
aguiar da beira feira atividades economi
associação de acordeonistas do távora e
banda filarmónica de nagoselo do douro
cantadores de janeiras de s. marta de pe
comboio da rede à quinta das carvalhas
comboio do douro foz do távora
comboio do douro quinta da romaneira
comboio no ferrão; vapor no ferrão; vapo
comunhão solene vila da ponte 2008
grupo de cantares de constantim
grupo de cantares de vila real
orquestra ligeira câmara tarouca
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