Os grupos de cantares, os ranchos folclóricos, as tunas, são realidade das terras Dourienses.
Animam festas e romarias da região.
Estas estão ligadas às fainas agrícolas e às quarto estações do ano.
Têm o cunho da recreatividade associado à influência religiosa.
Assim, o Douro está recheado de diversos agrupamentos típicos, que vão ao encontro das comunidades locais, transmitindo ao turista a sensibilidade das gentes da região.
Participam nas festividades de referência, como a festa das vindimas, a da cerejeira em flor, a da amendoeira, ou da maçã. Associam-se às romarias que resplandecem à vitalidade dos cantares e dançares. Presentes nas festividades dos Santos Padroeiros das imensas localidades do Douro
Mas, onde possuem uma ênfase romântica é fundamentalmente nas vindimas, o periodo do ano que anima verdadeiramente todos nas aldeias e vilas, nas várias quintas, lagaradas ou jantares alegóricos.
E foi nas viagens do comboio a vapor do Douro onde conheci o interessante Grupo de Cantares de Fornelos, que no Verão de 2012 animou as viagens entre a Régua e o Tua.
Passeio que vale a pena usufruir, pois faz-nos retroceder a algumas décadas atràs, quando o vapor circulava nas nossas linhas, uma verdadeira viagem ao sabor do início do século XX.
Que interessante o silêncio do vale do Douro, quebrado pelo silvo do vento a ser interrompido por profundos e contínuos sibilos, parecendo assobios: é o comboio a vapor a passar na linha. E o serpentear da fumaraça negra da locomotiva, subindo velozmente para a atmosfera? Que agradável cenário.
É o passado a ser revivido com precisão, no palco profundo do vale do Douro.
Em certa altura vim de automóvel até ao Pinhão, para me adiantandar à chegada do comboio a vapor à estação. Então, senti nas faces dos passageiros e curiosos que estavam na estação, impaciência e emoção pela chegada.
É que dentro de minutos, iria dar entrada uma enorme e potente máquina, bafejando enormes quantidades de fumo e vapor, a rebocar várias carruagens em madeira.
Chegou, e na estação do Pinhão afrouxa, soltando o último suspiro de energia. Em minutos o cais de embarque é invadido por uma nuvem escura, expelida pela chaminé do comboio, mistura da combustão do carvão e vapor de água.
Alguns passageiros saiem para apreciar a estação ornamentada com azulejos pintados com relevos alusivos às vindimas.
A máquina depois de reabastecida com umas centenas de litros de água, apita. Os passageiros voltam para as carruagens, e logo depois, a composição segue em direcção ao Tua. A força do vapor inicialmente frouxa, torna-se em poucos segundos mais audaz e potente e atinge velocidade.
O Grupo de Cantares de Fornelos incansavelmente animou os passageiros das cinco carruagens, e nas paragens das estações convidou os mais desinibidos a dançarem e cantarem ao som dos cantares Dourienses.
Uma outra apresentação em dois filmes do cenário maravilhoso do Pinhão.
Um início de Setembro enevoado, mas pacífico onde retrato paisagens agrícolas despercebidas, que, tendo como plano de fundo o Douro e a ponte metálica do Pinhão, conferem um encanto e beleza ímpar.
Sábado, 3/9/11, dia da passagem do comboio a vapor do Douro, que não me canso de apreciar e filmar, e aproveito todo este envolvimento para
iniciar e finalizar o filme.
São as pequenas hortas a montante da Vila em plena estação de colheita com frutas e flores em contraste harmonioso, são as espécies de jardim
na zona turística, que procuro realçar no filme.
No final da realização um cenário romântico, pacífico e inspirador.
Em anterior apresentação realizei um slide show de fotografias do Pinhão (Douro) e natureza envolvente.
Dado que houve apreciação de muitos sobre este trabalho, optei por executar uma reprodução em filme sobre vários trechos de filmagens que possuo em arquivos de gravação.
O cenário em filme retrata com mais naturalidade e movimento as naturezas e o empenho do homem na feliz moldagem civilizacional deste espaço geográfico de Portugal.
As apresentações deste post, correspondem a um trabalho que compilei em filmagens no ano de 2008 e 2009, no território do rio Douro, desde Pala até ao Pocinho, isto é, em todo o espaço geográfico ribeirinho percorrido pela linha do Douro em atividade.
São três filmes distintos, o primeiro de Pala à Régua (29 minutos) filmado no interior do comboio, o segundo em três episódios (90 minutos) com o cenário e encanto da velha locomotiva a vapor a percorrer Régua – Tua, e o terceiro do Tua ao Pocinho (57 minutos),
Nas cenas com o comboio a vapor exibo os procedimentos da preparação e manutenção da máquina, a actuação de grupos musicais da região nas estações, a paisagem envolvente capturada duma carruagem, e o cenário "comboio a vapor em simbiose com a paisagem envolvente"
De Pala à Régua e regresso:
Da Régua ao Tua e regresso:
Primeira parte:
Segunda parte:
Terceira parte:
Do Tua ao Poçinho e regresso:
"grupo de cantares de s. miguel"
1985 - comunhão em vila da ponte
a estação de caminhos de ferro do vesúvi
aguiar da beira desfile etnográfico
aguiar da beira feira atividades economi
associação de acordeonistas do távora e
banda filarmónica de nagoselo do douro
cantadores de janeiras de s. marta de pe
comboio da rede à quinta das carvalhas
comboio do douro foz do távora
comboio do douro quinta da romaneira
comboio no ferrão; vapor no ferrão; vapo
comunhão solene vila da ponte 2008
grupo de cantares de constantim
grupo de cantares de vila real
orquestra ligeira câmara tarouca
Notícias